O TheVagar, nasce de uma bonita história de amor. Concebido pelas mentes da Marta e do André, este projeto ganha vida através da capacidade de fazer acontecer dos seus promotores. Juntos, formam uma equipa forte e consistente, num equilíbrio perfeito. Sonhadora e resiliente, a Marta adora desenvolver projetos que fazem brilhar os seus olhos. Racional e persistente, o André gosta de encontrar novos caminhos e possibilidades de investimento. Parceiros nos negócios, a Marta e o André têm como o seu projeto mais bonito, a linda família que construíram ao longo dos anos e a sua harmonia com as suas raízes.
1. Como surge a ideia de conceber o TheVagar?
M&A: A Serra da Esperança, foi-nos oferecida pelo universo, como uma forma de unir a nossa família e conciliar o lado profissional com o pessoal. Deu-nos, ainda, a possibilidade de cumprir o sonho de ter um negócio dedicado à hospitalidade, que é uma paixão que temos em comum. Além disso, criar a nossa família num local único e mágico como este, com uma envolvente natural ímpar, era a cereja no topo do bolo.
2. O que mais vos motivou a desenvolver este projeto e por quê?
M&A: Foi, sem dúvida e antes de tudo, a possibilidade de unir a nossa família, além de que tínhamos a possibilidade de alcançar uma série de propósitos, por isso, pareceu-nos a oportunidade ideal de o fazer e, apesar de algum receio saudável, não hesitámos. Aqui, concretizaríamos um sonho, desafiar-nos-íamos, seríamos felizes!
3. Qual o maior desafio que encontraram na projeção do TheVagar e como o ultrapassaram?
M&A: Bom, agora que o TheVagar é uma realidade, é fácil olhar e ver como é magnífico, mas, na verdade, foi um projeto muito exigente e que requereu muita resiliência. As obras de reabilitação foram muito morosas e complexas, o que exigiu um grande desafio financeiro. Além disso, a cada processo, a cada ideia que pretendíamos implementar, encontrávamos muitas dificuldades, quer a nível burocrático, quer pelas portas que se nos fechavam. O resultado final só foi possível, graças a um trabalho de equipa muito grande, entre todos os profissionais envolvidos e o apoio fundamental da nossa família, em especial o financeiro.
4. Como avaliam a relação que foram estabelecendo com os vários profissionais que selecionaram para dar vida ao TheVagar?
M&A: Talvez afirmar que estabelecemos uma relação de grande amizade não seja exagerado. Na verdade, temos esta máxima de respeitar e saber ouvir todos os profissionais com quem temos o privilégio de trabalhar e, para nós, não há diferença entre patrões e empregados. Todos somos colegas. Então, fazemos questão de explicar o espírito TheVagar e garantir que todos comungam dos valores que se vivem na Serra da Esperança. Aqui, é preciso abraçar o sonho e, fazendo-o, tudo flui harmoniosamente.
5. De que forma vos tem permitido, o TheVagar, crescer enquanto profissionais?
M&A: Ambos temos mais de vinte anos a trabalhar em hospitalidade, por isso, somos confiantes na nossa capacidade natural de bem acolher a mimar o outro. Esta é, aliás, a força motriz deste projeto. É claro que ele tem que ser economicamente viável, mas, se pudéssemos, nem olhávamos aos números, porque fazemos o que fazemos, realmente, por prazer. Ainda assim, é sempre possível aprender mais e melhor, fazer mais e melhor. Os seis anos que antecederam a abertura do TheVagar, possibilitaram-nos desenvolver as nossas competências de resiliência, coragem e persistência. Depois da abertura, tem sido magnífico aprender com os nossos Convidados, a cada dia, a cada conversa. As motivações da procura têm vindo a mudar e vamos ajustando as nossas formas de trabalhar, com autenticidade, competência e profissionalismo, sempre com foco no Convidado.
6. Qual a vossa maior preocupação no desenvolvimento do conceito TheVagar e como conseguiram atingir esse objetivo?
M&A: Pretendíamos distinguir-nos. Projetos de acolhimento há muitos, mas a experiência TheVagar é única. Conseguimos isto com um trabalho muito sério de estudo do mercado, que incluiu uma aprendizagem hábil sobre o nosso cliente, as suas necessidades e os seus problemas. Depois disso, foi só perceber como podíamos resolver esses problemas e projetar um conceito honesto e verdadeiro. A sustentabilidade, o respeito pela identidade histórico-cultural do espaço e a comunhão com a envolvente natural foram e serão sempre a nossa maior preocupação.
7. Onde vos vemos no TheVagar?
M: Eu estou nos detalhes. Sempre fui muito focada nos pormenores, porque acredito que, apesar de poderem passar despercebidos, fazem toda a diferença, na hora de satisfazer o cliente. As minhas grandes áreas de eleição são a receção ao Convidado e a apresentação dos espaços TheVagar, além do acolhimento, da gestão da operação e da comunicação.
A: Eu estou mais na terra, na parte financeira e na negociação deste projeto. Como sou filho de empresários, tenho um bom know-how neste âmbito, já que cresci com estas práticas, então a experiência e o histórico, permitem-me estar confortável com elas. Foco-me na qualidade e na seleção dos produtos regionais, nas parcerias e na sustentabilidade (águas, regas, energias), além de fazer os tours de jipe, pela Serra da Esperança.
8. Qual a vossa grande mais-valia enquanto equipa e como é que isso foi transportado para o TheVagar?
M&A: Além da já referida paixão que ambos possuímos pela hospitalidade, o, também já referido, equilíbrio que conseguimos com as características de cada um. Quando um sonha demais, o outro põe-lhe “os pés no chão”. Quando um se sente desesperado com um problema, o outro acalma-o e conforta-o. Quando um só vê custos, o outro explica que é um investimento. Quando um tem medo, o outro expõe factos, tranquilizando-o e por aí em diante.
9. Mais do que promotores TheVagar, consideram-se clientes TheVagar?
M&A: Sem dúvida. Quando jovens, participámos de algumas atividades e viagens mais massificadas, mas, com a maturidade e o passar dos anos, identificamo-nos, cada vez mais, com espaços mais acolhedores, tranquilos, focados nas Pessoas e na personalização do serviço. Na Serra da Esperança, temos tantas possibilidades de desenvolver programas, com foco no bem-estar dos nossos Convidados, que essa passa a ser uma missão que desenvolvemos com vivacidade, mas, mais importante ainda, é abraçarmos o estilo de vida slow e sermos honestos com o nosso conceito nas práticas do dia a dia.
10. Contem-nos a maior peripécia que aconteceu na projeção, reabilitação e operacionalização do TheVagar e que queiram partilhar connosco.
M&A: Foram muitas, tantas que só podemos estar muito orgulhosos e genuinamente felizes pelo resultado que conseguimos e, em especial, com os feedbacks que vamos recebendo dos nossos Convidados. Selecionamos uma peripécia bem engraçada para partilhar, que acontece com alguma frequência na Serra da Esperança. Ela é tão grande e tão acolhedora, que, não poucas vezes, encontramos estranhos que vêm apanhar lenha, cogumelos, ou fazer caminhadas. Quando os abordamos, respondem, de forma muito honesta, que achavam que este era um espaço público, que era de todos… sorrimos, explicamos que é privado e seguimos caminho.
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