Como já sabe, no TheVagar, temos os melhores Convidados do mundo! Este mês, desafiámos o José Chantre de Sousa, que veio até ao Interior Centro, conhecer as Aldeias Históricas de Portugal (AHP) e nos ofereceu o privilégio da sua estadia, a partilhar esta aventura com os nossos leitores. Oriundo de Lisboa, o José é Tenente - Coronel do Exército, pai do Miguel, de 18 anos, e adora desporto e viagens. Vamos saber mais?
1. O que o motivou a visitar as AHP?
JCS: Em plena pandemia, quando todos estávamos fechados em casa e não se podia viajar, disse para o meu filho: "Miguel, já viajámos tanto para o estrangeiro, no entanto, conhecemos muito mal o nosso país...". Após esta conversa, decidi que iríamos fazer a EN2. E assim foi. A meio dessa aventura, passámos por uma das Aldeias de Xisto, que adorámos. Entretanto, descobri que também existia a Rede das AHP e parti à sua descoberta. Em boa hora!
2. Sabemos que visitou apenas três aldeias. O que o levou a não visitar as 12 de
uma vez?
JCS: O meu racional para ficar a conhecer todas as 12 AHP, foi, e continua a ser, conhecer três de cada vez. Gosto de fazer as coisas com calma, sem pressas, e devidamente planeadas, para não apanhar desilusões, ou surpresas desagradáveis pelo caminho. Na primeira vez que fui conhecer as AHP, visitei Castelo Novo, Idanha-a-Velha e Monsanto. Na segunda, esta de que falamos, visitei Belmonte, Sortelha e Castelo Mendo.
3. Até agora, o que mais tem gostado na sua visita às AHP e porquê?
JCS: Das pessoas. Aqui somos acolhidos com carinho, com tempo, com classe, ainda que de uma forma tão simples e tão próxima. Também gosto muito dos espaços onde tenho ficado alojado. Há Casas verdadeiramente maravilhosas e o TheVagar é um excelente exemplo. Por fim, mas não menos importante, gosto muito das aldeias em si, e, principalmente, da história, e das estórias que elas carregam consigo. E são tantas!
4. Ouvimos dizer que usou um dos carros elétricos, disponibilizados gratuitamente pelas AHP, para a sua visita. Conte-nos mais sobre esta experiência.
JCS: A utilização gratuita dos carros eléctricos nas AHP, surge no âmbito de um projecto promovido pela entidade "Aldeias Históricas de Portugal", em parceria com a Câmara Municipal do Fundão e a Renault. O nome deste projecto é "Mobilidade Urbana Sustentável". Decidi ir à Bolsa de Turismo de Lisboa, a Feira anual de Turismo que se realiza na FIL, para pedir informações e dirigi-me ao stand das AHP, onde falei com o representante das AHP, o Duarte Rodrigues. Disse-lhe exactamente o que pretendia fazer, quais os meus gostos e pedi-lhe um planeamento para a minha estadia. Foi aí que o Duarte me deu a conhecer este projecto da Mobilidade Urbana Sustentável nas AHP: em suma, levo o meu carro, e, mal chego a Castelo Novo, estaciono-o e passo para um Renault Zoe, 100% eléctrico, no qual me passo a deslocar durante toda a minha estadia, sem qualquer custo. Há apenas este pormenor: tenho sempre de o ir levantar e entregar, no Posto de Turismo de Castelo Novo. Dado que os carros disponíveis são poucos, é essencial um planeamento prévio e atempado, para a sua solicitação.
5. Como classifica todo o processo desde a reserva, à utilização deste meio de
transporte?
JCS: Classifico o processo de reserva e de utilização do veículo, como excelente, desde que se cumpram as seguintes premissas: (i) solicitar o veículo com antecedência; (ii) ter uma condução defensiva, saber fazer uma gestão correcta da energia e planear uma eventual recarga da bateria, se necessário; (iii) e ter sensibilidade para conduzir um carro eléctrico e automático.
6. O que o levou hospedar-se no TheVagar e porquê?
JCS: Quando pedi ao Duarte Rodrigues, das AHP, que me fizesse um planeamento para a minha visita, uma das primeiras condições que coloquei, foi ficar bem instalado, numa unidade com poucos quartos, bonita, onde imperasse a calma e, se possível, servissem refeições. Eu não conhecia o TheVagar, mas o Duarte e o João Botão (também das AHP), sendo a segunda vez que me faziam um planeamento, já sabiam muito bem quais os meus gostos e, portanto, decidiram que o TheVagar me iria assentar como uma luva... e não se enganaram!
7. A realidade do que encontrou neste alojamento, correspondeu à sua
expectativa?
JCS: Não. Superou-a largamente!!! O TheVagar é o conjunto de muitas variáveis, no seu melhor: (i) a Casa em si, com os seus quartos super acolhedores, decorados de forma simples, mas com materiais que transpiram qualidade; (ii) a sala comum da Casa, lindíssima, muito intimista, onde nos são oferecidos momentos a sós, para uma simples leitura, ou momentos em conjunto, quer ao pequeno-almoço, ou no chá das 5, que é amavelmente oferecido todos os dias; (iii) o espaço exterior, que é imenso, super bem cuidado e que possibilita uma panóplia de actividades, como um mergulho na piscina, um banho turco ao ar livre, umas massagens no altar de uma improvisada capela, ou um passeio de jipe pela propriedade, oferecido pelo André; (iv) e, acima de tudo, a atenção e o cuidado, com que a Marta, o André, e toda a sua equipa, tratam os seus hóspedes. Sentimo-nos muitíssimo bem recebidos e percebemos que toda a equipa do TheVagar tudo fará para que a nossa estadia seja inesquecível.
8. Considera que o Interior Centro de Portugal é, de facto, um bom destino
turístico?
JCS: Sem dúvida! Principalmente para pessoas que, tal como eu, fogem do chamado "turismo de massas". Os pontos de interesse no Centro de Portugal são muitos e diversos. Vão desde a beleza natural, ao sossego, à história, à gastronomia, e, claro está, à simpatia das suas gentes.
9. Se pudesse mudar algo nestes dias, o que seria e porquê?
JCS: A única coisa que me ocorre, seria eu prolongar a estadia!
10. Deixe-nos quatro sugestões bem práticas, para partilhar com os nossos leitores, que pretendem visitar as Aldeias Históricas de Portugal.
JCS: Aqui ficam as minha quatro sugestões:
1 - Contactem, com tempo, a entidade "Aldeias Históricas de Portugal"; e peçam-lhes um planeamento para a vossa visita, dizendo, de uma forma geral, quais os vossos interesses e objectivos;
2 - Façam visitas guiadas em cada uma das aldeias, caso contrário, vão passar ao lado da história; existem empresas que, a preços justos, realizam estas visitas, e, acreditem, elas fazem toda a diferença;
3 – Apesar do plano, sejam flexíveis o suficiente para o alterar, caso as oportunidades que apareçam assim o justifiquem;
4 - Não hesitem entabular conversa com os habitantes locais, pois a sua educação, simpatia e vontade de ajudar, está sempre presente!
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